Dentre palavras espasmadas me pego a escrever, talvez, nem eu sei o porque.
Apenas para passar o tempo, me distrair, voltar a ser quem a muito tempo não sentia que era, vontade de ler, curtir, sorrir, escrever, correr, gritar, brigar, chega de verbos. Queria talvez sentir de novo a criatividade surgir em mim, não importa como ou onde, apenas sentir de novo que a obra pode ser feita, que o mundo pode ser diferente, nem que seja só para mim, mas que assim quem sabe possamos enxergar o futuro de uma maneira diferente, ao menos dentro de nós.
Bendita seja a obra dos criativos, criadores que inventam a cada momento um dia, um novo dia, algo para nós, para todos, acabando com o igual, transformando o diferente, assim terá de ser, até quando? Para sempre, se até os irracionais se propuseram a inventar, quem somos para diferenciar? Talvez se escrever não me causasse tantas confusões em minhas próprias palavras, que se transformam em um milhão de novas perguntas... Eu escrevesse mais.
Perguntas não são ruins, mas perguntas que ficam assim, jogadas no ar, essas machucam, já as respondidas, por mais dolorosas, chegaram ao fim, permanece em mim, mas não muda o amanhã, seguimos em frente com todas as qualidades que o mundo nos propõe, com todas as diversidades, como tudo se combina e se completa, aqui procuramos apenas o equilíbrio.
Milhares de assuntos em conjunto em um só lugar